segunda-feira, 17 de junho de 2013


Ato com 65 mil participantes fecha Faria Lima, Paulista e marginal Pinheiros em SP



  • Renato Bittar/UOL
    Manifestantes chegam ao cruzamento das avenidas Faria Lima e Rebouças, em Pinheiros, zona oeste
    Manifestantes chegam ao cruzamento das avenidas Faria Lima e Rebouças, em Pinheiros, zona oeste
Ao menos 65 mil manifestantes --de acordo com medição do Datafolha-- participam do quinto grande ato contra o aumento da tarifa de ônibus realizado na zona oeste da capital paulista, por volta das 18h desta segunda-feira (17). A PM estima que os manifestantes são cerca de 60 mil.
Além de gritos e cartazes contra o aumento da tarifa de ônibus, que subiu de R$ 3 para R$ 3,20 no começo do mês, os manifestantes exibiam cartazes contra o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, Marco Feliciano (PSC), outros pediam o fim da corrupção e mais cartazes traziam os dizeres: "Fora, Alckmin". 
Os participantes tomaram conta, por volta das 20h, da ponte Estaiada, no bairro do Brooklin, na zona sul da capital. Outros manifestantes ocupam desde às 19h30 a avenida Paulista, em ambos os sentidos.

Por volta das 18h20, o movimento se dividiu, uma parte seguiu pela avenida Faria Lima e a outra subiu a avenida Rebouças, mas logo retornou. Às 19h16, os manifestantes desciam a avenida Presidente Juscelino Kubitschek, em direção à marginal, para encontrar com o outro grupo que já ocupava a via. 
Os participantes começaram o ato fechando a avenida Faria Lima, da altura da rua Cardeal Arcoverde até a avenida Presidente Juscelino Kubitschek, em ambos os sentidos, e também a marginal Pinheiros, desde a ponte Eusébio Matoso, sentido Interlagos.
Nenhum registro de confronto entre manifestantes e policiais foi notificado na primeira hora do ato, que começou por volta das 17h. Segundo o 14º DP, região de Pinheiros, até as 18h21, não havia sido registrado nenhum boletim de ocorrência vinculado ao protesto.
A repórter Janaina Garcia presenciou, por volta das 18h55, corre-corre na avenida Faria Lima, nas proximidades da avenida Juscelino Kubitschek, na zona oeste. Ela conta ter ouvido barulho de bombas.


17.jun.2013 - Embora tenha ocorrido de forma pacífica durante boa parte do tempo, a manifestação iniciada no começo da tarde desta segunda-feira pelas ruas de Belo Horizonte (MG) foi marcada por um tumulto generalizado, com a Polícia Militar usando bombas de gás lacrimogênio e balas de borracha para conter os manifestantes, que reagiram atirando pedras nos policiais Dudu Macedo/Futura Press
Mais de 268 mil pessoas confirmaram, na página do ato no Facebook, participação na manifestação. "Não é comício, fora partidos", gritavam os participantes durante a concentração do ato no largo da Batata, ao pedirem para que militantes dos partidos PSTU e Psol não exibam suas bandeiras na passeata.
SSP (Secretaria de Segurança Pública) se comprometeu a respeitar o caminho escolhido pelo movimento. O secretário estadual de Segurança Pública, Fernando Grella, afirmou ainda antes do início do protesto que a tropa da PM não portará armamento com balas de borracha, e que "não serão tomadas medidas para dispersão da manifestação". "Ações contra infratores serão tomadas de maneira pontual. Acho que hoje não será nem preciso o uso do vinagre", declarou.

O quarto protesto

Com o endurecimento da repressão por parte da Polícia Militar, o quarto ato contra o aumento das tarifas do transporte público em São Paulo, realizado na última quinta-feira (13), terminou sendo o mais violento da série de manifestações ocorridas na cidade nos últimos dias.
Cerca de 40 pessoas foram detidas antes mesmo de o protesto começar. Antes do início do ato, manifestantes e jornalistas que carregavam vinagre para reduzir os efeitos de bombas de gás lacrimogêneo foram detidos, sob a alegação da PM de que o produto pode ser usado para fabricar bombas caseiras.
Entre os feridos, sete são jornalistas da Folha de S.Paulo. A repórter Giuliana Vallone, da TV Folha, foi atingida no olho por uma bala de borracha disparada por policiais militares da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar). O fotógrafo da agência Futura Press, Sérgio Andrade da Silva,  recebeu alta neste sábado (15) após ser atingido por uma bala de borracha no olho enquanto cobria as manifestações. Ele corria o risco de ficar cego, mas sua visão saiu intacta.
Segundo o Movimento Passe Livre, que organizou a manifestação, pelo menos cem ficaram feridos.

Um comentário:

  1. Ato com 65 mil participantes fecha Faria Lima, Paulista e marginal Pinheiros em SP

    ResponderExcluir