segunda-feira, 17 de junho de 2013

Petista descarta hipótese de traição de Jackson, e aposta: João disputará governo


Petista descarta hipótese de traição de Jackson, e aposta: João disputará governo


Encontrar o presidente do Diretório do PT de Aracaju, Usiel Rios, na saída de uma das agências do Banese rendeu essa entrevista, onde ele afirmou que o PT descarta a possibilidade de traição por parte do vice-governador Jackson Barreto (PMDB), propenso candidato do bloco do governador Marcelo Déda a disputar o Governo do Estado nas próximas eleições. JB tem mostrado disposição em se unir ao prefeito de Aracaju, João Alves Filho (DEM), mas além de contestar essa aliança, o petista enfatiza sua aposta de que João será candidato ao governo, e destaca ainda que o PT não abrirá mão do pleito ao Senado.

Internamente, como o PT avalia a disposição de Jackson Barreto (PMDB) de buscar o apoio do DEM para sua candidatura em 2014?
O PT tem posição e tem o projeto com um grupo de partidos que desde a primeira hora se juntaram com o PT para chegar ao governo do Estado e implementar os projetos do nosso agrupamento. Com a impossibilidade de nova reeleição do governador Marcelo Déda (PT) e o querer do partido de apoiar a candidatura de outra legenda do grupo, o PT decidiu apoiar a candidatura do vice- governador Jackson Barreto, e desde quando ele veio compor como vice na chapa com Déda já havia essa perspectiva de ele ser o candidato do grupo em 2014. Então é isso que apostamos: uma base unida, Jackson tocando o governo, inaugurando uma série de obras, e continuando o nosso projeto. Existe muita especulação, mas o que existe hoje em nossa base de concreto é que Jackson é nosso candidato ao Governo, e no Senado nós não temos dúvida que se nosso governador Marcelo Déda tiver condição de ser candidato, e nós esperamos muito que 
sim
, ele será nosso candidato a senador. Quanto à vice-governadoria o PT pleiteará também porque tem esse direito, mas ficará para os entendimentos com o PSB, o PSD, os partidos que compõe nossa base.


Mas, falando pontualmente, como o PT vê a possibilidade de estar junto com o DEM caso Jackson que estará a frente da chapa se disponha a essa aliança?
Não sei por que estão especulando isso, estão procurando chifre em cabeça de cabelo. Isso não existe.

Mas, publicamente, o vice-governador se mostrou disponível a conversar com todos os partidos inclusive o DEM...
O vice-governador é pré-candidato, então ele quer o apoio de todo mundo, de Deus e o mundo. Mas você tem alguma dúvida que João Alves é candidato a governador em 2014? Alguém tem essa dúvida? Porque eu não tenho essa dúvida desde a eleição de 2012, quando ele abdicou de trazer para coligação dele outro partido para indicar o vice-prefeito, e colocou um da cozinha dele, da sala, cozinha, quarto, sei lá, que foi José Carlos Machado. Que fez uma saída de araque do DEM e tomaram o PSDB de Albano Franco, para dizer que era de outro partido, mas todos sabem que o partido de Machado é o de João Alves. João não quer ser prefeito de Aracaju, ele quer ser governador de Sergipe. A prefeitura foi apenas um trampolim, porque na situação em que eles estavam precisavam de algo para dar apoio, e, infelizmente, eles conseguiram se elegendo. Então pelo que está sendo colocado aí, Jackson Barreto vai ser candidato a vice-governador de João? Ou candidato ao Senado na chapa de João? Deixo outra interrogação... Então nós não estamos trabalhando com essa perspectiva.

Traição - Diante dessa disposição de Jackson em conversar com todos, e das declarações do vereador Robson Viana (PMDB), ex-petista, de que o PT deveria pensar coletivamente e aceitar uma aliança de JB com o DEM, o Partido dos Trabalhadores teme uma possível traição por parte de Jackson, isso se o vice-governador deixar o PT de lado em sua chapa, ou essa hipótese não é considerada?

Não acreditamos nisso. E volto a questionar: João vai querer ser candidato a Senado de Jackson? Eu não acredito. Porque João Alves é homem de Executivo, ele não gosta do Legislativo. Então não trabalhamos com essa perspectiva de traição, nosso grupo está unido. Temos nossos problemas, que é natural em um bloco de vários partidos, e divergimos, mas no final todos estão juntos vendo o que é melhor para o projeto. Tenho uma certeza muito grande de que vamos continuar juntos em 2014 para derrotar João Alves se for candidato ou qualquer outro candidato como Amorim.

Senado - Mesmo que o governador Marcelo Déda não possa disputar o Senado, o PT reivindicará a qualquer custo esse espaço na chapa?
O PT reivindicará, legitimamente, sim. Mas nós trabalhamos com a perspectiva de que nosso candidato será Déda. Caso haja uma indisponibilidade, talvez por conta da saúde dele, o PT não abrirá mão de indicar outro nome. Vai depender também da relação de forças no momento, porque ainda tem a vaga de vice.

Ana e Iran - Diversos militantes históricos manifestaram o desejo de ver Ana Lúcia ou Iran participando da chapa majoritária de 2014. O partido considera essa possibilidade?
Ana Lúcia e Iran fazem parte de um grupo diferente dentro do partido, mas que somam do mesmo jeito. É apenas uma forma diferente de fazer a luta. Então são nomes que estão a disposição para análise do partido também, como qualquer outro.

Rogério - É verdade que além deles está também de stand-by o nome do deputado federal Rogério Carvalho para disputar o Senado, caso não seja Déda?
Veja, dentro do PT não fazemos esse debate, não existe essa conversa. Não discutimos candidatura ao Senado ou ao Governo Qual é nossa certeza: temos um pré-candidato a governador, Jackson Barreto, e um pré-candidato ao senado que é Marcelo Déda.

Oposição - Com vistas em 2014, como o PT tendo se organizado para driblar a oposição do grupo do senador Eduardo Amorim (PSC), propenso candidato ao governo?
Eduardo Amorim é um projeto complicado, com um desgaste muito grande que ele sofreu, com a tragédia que ele tramou da reprovação do Proinveste, inclusive acarretando muita preocupação para o governador, que já vivia um período doente, e sofreu toda aquela pressão. Sabemos que o projeto e a ambição dele é ser candidato a governador, mas nem queremos nos meter nisso, depois do desgaste que ele sofreu com o Proinveste vamos ver como ele ficará.

Com Amorim - Se JB pode voltar a estar com João, o PT não pode voltar a estar com os Amorim?
Jamais. Não tem mais condições de estarmos juntos com aquele pessoal. É um grupo que faz a pior política de direita e da pior espécie. A aliança que fizemos com eles em 2010, não pode se repetir, porque já ficou claro para nós a forma baixa deles de fazer política.

PED - Qual a perspectiva para as eleições internas do PT este ano?
Estamos planejando o nosso PED (Processo de Eleição Direta do PT) e diversos nomes serão colocados, mas, democraticamente, no final essa composição é decidida por eleição, com número máximo de votos.

Gualberto - Como o partido considera a defesa feita pelo deputado Zezinho para volta do deputado Franscico Gualberto para a liderança do governo na Assembleia?
Não tenho o comentar a respeito, porque normalmente o partido não tem participação na escolha do governador. Como é liderança do governo, ele é quem decide sozinho. Gualberto saiu da liderança muito cansado, do ponto de vista pessoal, mas fez uma brilhante liderança e foi uma perda significativa para nosso governo essa saída dele. Mas está nas mãos dos deputados e do governador.

Recuperação de Déda - Para encerrar, como está sendo para o partido estar com sua maior liderança estadual, o governador Marcelo Déda, vivendo esse momento difícil de recuperar sua saúde?
É difícil, é uma luta se recuperar de um câncer, mas a mensagem que temos para os petistas é que todos continuem pedindo em oração. Que todos nós reforcemos nossa corrente muito positiva, invocando o ser superior, para que nosso governador possa se recuperar e voltar a governador nosso Estado, para continuar fazendo o trabalho que tanto ele gosta de fazer, que é fazer obras, inaugurar obras, fazer o povo de Sergipe sorrir. É isso que temos pedidos em oração e pedimos que todos reforcem essa corrente. Que possa receber do nosso Pai a cura.

Da redação Universo Político.com

Por Raissa Cruz

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