quarta-feira, 26 de junho de 2013

31 manifestantes detidos em Aracaju. Veja os nomes de quem foi preso em flagrante





Informações passadas por policiais dão conta de que 31 manifestantes foram detidos e 2 militares saíram feridos no confronto, à noite, nas proximidades do Terminal DIA.
Três deles tiveram o flagrante lavrado pela polícia: Reinaldo dos Santos, 26, Edivânio Santana de Albuquerque, 30, e Adenilton Santiago Filho, 20. Adenilton já cumpriu pena por tráfico de drogas.Eles foram flagrados tocando fogo em um ônibus da Viação Modelo.
Vitor dos Santos Silva, 23, Lucas Queiroz Lages Freitas, 21, e Fábio Augusto Rocha, 28, foram liberados após prestar depoimento na 2ª Delegacia Metropolitana. Não houve flagrante contra eles. Os três disseram que estavam apenas perto do ônibus.
Veja a seguir o que informa o Portal Terra:
Ao contrário do que aconteceu no primeiro protesto, realizado na quinta-feira (20), que ocorreu com tranquilidade, cenas de vandalismo e depredação foram vistas na manifestação desta terça-feira em Aracaju. Vândalos quebraram um ônibus, jornalistas foram agredidos e duas pessoas foram atropeladas, sem ferimentos graves, segundo a Polícia Militar.
Os manifestantes se reuniram no final da tarde desta terça-feira, na praça Fausto Cardoso, centro de Aracaju, para protestar contra o aumento da tarifa do transporte público e do novo preço estabelecido pela prefeitura e aprovado pela Câmara de Vereadores da cidade. Há cerca de dois meses, a tarifa passou de R$ 2,25 para R$ 2,45, valor que foi reduzido posteriormente para R$ 2,35, o que gerou a instisfação dos manifestantes.
Segundo Cleidson Carlos, um dos coordenadores do Movimento Não Pago, eles entendem a indignação dos manifestantes, mas não apoiam essas atitudes. “Nós, do Movimento Não Pago, não compactuamos com qualquer tipo de violência e depredação. Nos momentos em que vimos essas cenas acontecerem, fizemos de tudo para acabar, porém, não temos como ter controle de todos que estão aqui. Na prefeitura, vimos a demonstração de insatisfação do povo de ver como a atual administração trata o transporte público como mercadoria”, disse o coordenador.
Adesão popular e novo caminho
A organização da passeata escolheu avenidas diferentes das percorridas na última manifestação, e não houve divisão de grupos como na última quinta-feira. Após percorrerem as avenidas Ivo do Prado, Barão de Maruim, Desembargador Maynard e Augusto Franco, quatro das principais vias da cidade, os manifestantes chegaram à sede da prefeitura como forma de pressão ao prefeito da cidade, João Alves Filho (DEM). Assim como na primeira manifestação, os órgãos públicos e estabelecimentos comerciais fecharam as portas no início da tarde.

Sem o alvo do protesto e com portões fechados, um grupo de manifestantes tentou invadir o prédio, derrubou um portão e quebrou vidraças. Neste momento, a Polícia Militar, que se mantinha distante do grupo, foi chamada e atendeu ao pedido com a Tropa de Choque. Com cerca de 60 homens, a PM dispersou os manifestantes.
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​O caminho do grupo - que segundo informações da PM foi de oito mil manifestantes e, de acordo com o Movimento Não Pago, 15 mil - seguiu para um dos principais viadutos da cidade.

No mesmo local em que terminou a última manifestação, o grupo, já menor e com cerca de mil manifestantes, interrompeu o trânsito e continuou o protesto no local. O estudante universitário Magno Cruz concorda com a ação de alguns integrantes do grupo.
“Acho que o povo está cansado de tanta coisa errada e tem nesse momento uma maneira de se manifestar, de se mostrar preocupado com o futuro do País. Vi muito jovens que provavelmente não tinha envolvimento político antes. Saímos de uma sociedade apolítica”, afirmou.
Enquanto muitos paravam o trânsito e cantavam o hino nacional, outra parte seguia com cenas de vandalismo. Um ônibus da Viação Modelo foi parado por alguns manifestantes, que começaram a depredação. Durante cerca de uma hora, os manifestantes quebraram vidraças e tentaram pôr fogo no veículo. Novamente, o pelotão de choque foi chamado, mas evitou o conflito com os manifestantes, se retirando do local.
Com ataques aos profissionais de imprensa que estavam no local somados a ações de vandalismo, o batalhão de choque da Polícia Militar voltou ao local da manifestação para o confronto. Bombas de gás lacrimogêneo foi usado e a cavalaria da Pm entrou em ação para dispersar o grupo que ainda estava no local, encerrando o manifesto.
Segundo o comandante do Batalhão de Choque da Polícia Militar, major Carlos Rollemberg, 140 homens fizeram parte da ação.
Para o Não Pago, a manifestação foi satisfatória. “Achamos que foi positivo e que conseguimos o nosso foco, que era protestar contra a tarifa. É claro que os incidentes não são vistos de forma positiva para nós, mas a organização popular, sim”, disse Cleidson Carlos.
Jornalistas são agredidos
Profissionais da imprensa foram alvos de xingamentos e agressões por alguns manifestantes. No início do protesto, a equipe do Jornal da Cidade foi ameaçada por alguns rapazes que se juntavam ao grupo de manifestação.

Na chegada à sede da prefeitura, a repórter cinematográfica Ana Lícia Menezes, do jornal Cinform, foi atingida na testa por uma pedra arremessada do meio da multidão. “Tentei me proteger, mas de uma forma que conseguisse realizar o meu trabalho. Nem vi de onde partiu a pedra que atingiu a minha cabeça. É lamentável que nós, profissionais de imprensa, tenhamos que passar por isso. Estava trabalhando”, ressaltou a repórter.
As equipes da TV Sergipe, afiliada da Rede Globo, receberam ameaças durante todo o percurso. Na chegada ao Viaduto Carvalho Déda a equipe foi expulsa pelos manifestantes. No mesmo local, o repórter da TV Atalaia, afiliada da Rede Record, Evenilson Santana, foi alvo de fogos de artifícios, lançados por um manifestante. “Eles tentaram me agredir duas vezes com um ‘buscapé’, mas, nas duas vezes, o objetivo não foi alcançado por muito pouco”, disse Santana.
Busca a vândalos
Mesmo após o fim da manifestação, o Batalhão de Choque fez ronda pelos bairros próximos ao local do fim do protesto. Há suspeita de que membros de torcidas organizadas de Aracaju aproveitaram o protesto para entrar em confronto.



por TIRZAH BRAGA, Terra

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