quarta-feira, 26 de junho de 2013

Manifesto começa pacífico, mas minoria passa a atuar com vandalismo.31 prisões


Apesar de uma das frases de ordem do 2º Ato Acorda Aracaju ter sido “sem violência”,  e grande parte do ato ter sido pacífico, infelizmente, uma minoria de manifestantes passou a atuar com vandalismo, e forçou a entrada à sede da Prefeitura de Aracaju, no Centro Administrativo José Aloísio de Campos, disparando, inclusive, bombas e pedras contra o prédio. Portões e vidros das janelas foram quebrados, mas a Guarda Municipal e a Polícia Militar impediu a invasão. Cobrando paz, parte dos manifestantes articulados  se dispersaram neste momento. Entre outros jornalistas, Ana Lícia Menezes, que fazia a cobertura fotográfica para o jornal Cinform, chegou a ser atingida na cabeça com um das pedras, e logo depois um ônibus foi incendidado no Terminal DIA. Segundo a polícia, 31 pessoas foram presas.

“O protesto chegou à prefeitura. E alguns manifestantes com os rostos cobertos começaram a empurrar o portão do prédio, mas foram impedidos pela Guarda Municipal. Começaram a gritar “Fora Globo” e logo em seguida “Fora imprensa”. Foi quando me afastei. Estava de costas e só senti a pedrada na cabeça. Fiquei tonta. Tive medo de cair. Agora estou bem”, contou a repórter ao portal 247.

Esse ato apresentou um número menor de participantes comparado ao manifesto ocorrido na última quinta-feira, 20, que foi destaque como ato de paz. Mas desde a saída da Praça Fausto Cardoso, e durante a travessia na Avenida Rio de Janeiro, os manifestantes seguiam de forma pacífica defendendo melhorias no serviço público, quando, então, saíram do limite na prefeitura e já à noite, nas proximidades do Terminal DIA, onde muitos ocuparam novamente o Viaduto Jornalista Carvalho Déda, vândalos forçaram usuários a descer do ônibus nº 200, da linha Circular Indústria e Comércio, e chegaram a apedrejá-lo e atear fogo. Além do ônibus, foram queimados também pneus e galhos secos na avenida e em cima do viaduto, e foram atiradas pedras contra as vidraças das cabines do Terminal DIA. 
Manifestantes afirmam que os vândalos chegaram a agredir os próprios manifestantes, e a polícia precisou usar bombas de efeito moral. Alguns manifestantes foram detidos. “Estava tudo em paz no protesto desde o início, exceto por um motorista que quase colocou o carro por cima dos manifestantes, mas, infelizmente, ao chegar na prefeitura um grupo de vândalos começou a atuar e se repetiu no terminal DIA”, lamentou a jornalista Gleice Queiroz, que participava do manifesto.

Redução da tarifa
Como uma das bandeiras destacadas pelo manifesto é a defesa pelo investimento em um transporte público de qualidade, Demétrio Varjão, o coordenador do Movimento Não Pago, que organizou o ato em Aracaju, disse à imprensa que os manifestantes não se conformaram diante da redução do valor da tarifa de ônibus, aprovada na tarde de hoje pelos vereadores para R$ 2,35. 

“Pedimos a revogação do aumento ou a redução da passagem para R$ 1, 92. A decisão de João de reduzir só em R$ 0,10 foi para conter a manifestação, mas pode ser reduzida ainda mais”, diz ele, cobrando qualidade no sistema.

Da redação Universo Político.com
Por Raissa Cruz

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