Governador pede “manifesto correto”, mas vereador aposta em “bagunça”

O governador em exercício Jackson Barreto (PMDB), considerando como um direito popular o ato “Acorda Aracaju”, mobilizado pelo Movimento Não Pago e outros grupos sociais, que deve estima levar mais de 12 mil pessoas às ruas de Aracaju, incentivou a manifestação, mas, pedindo “manifesto correto”, disse que o governo já deu ordem a polícia para garantir a repressão daqueles que cometerem vandalismo.

“Façam cartazes, critiquem os políticos. É democrático. Fiz isto a minha vida inteira. Agora não é aceitável que meia dúzia de vândalos entre na manifestação para atrapalhar as manifestações. Não aceito e ninguém aceita, nem os próprios manifestantes, que este movimento seja deturpado por alguns para destruir lojas, para fazer depredação. Aí o Estado deve entrar para garantir a segurança de todos. Repito, façam um movimento correto”, frisou ele, em entrevista a George Magalhães, Mega FM.

Provocados pelo Universo, parlamentares avaliaram o que pode render dessa reação popular prevista para. “Acredito que será uma luta digna e pacífica, o povo está reivindicando seus direitos”, diz o vereador Iran Barbosa (PT). Já o vereador Agamenon Sobral (PP), aposta que virará bagunça.

“Se a manifestação for pacífica com certeza terá meu apoio. Mas se é aquele mesmo grupo (que se manifestou na CMA) que está coordenando, pode ter certeza que vai virar bagunça. Porque eles não estão interessados em algo sério, mas apenas em tumultuar e vocês vão me confirmar isso na sexta-feira”, disse ele, considerando o episódio de protesto tumultuado do Não Pago na Câmara Municipal de Aracaju (CMA) contra o aumento da passagem de ônibus.

Participação política

Diversos políticos já confirmaram participação no ato. “Estarei presente e o Partido dos Trabalhadores, por exemplo, de forma alguma, pode estar alheio às lutas sociais, já que ele surgiu se incorporando às bandeiras defendidas pela população”, comentou o vereador Iran Barbosa. Questionado sobre o uso desses manifestos para se fazer política, e para se ter no futuro políticos semelhantes a muitos de hoje que são manifestantes do passado, Iran retrucou: “essa é uma grande contradição dos partidos que nós combatemos e esperamos que não continue a acontecer.

 Por Raissa Cruz

Da redação Universo Político.com