terça-feira, 11 de junho de 2013

“Quem quiser aprender a trabalhar com OS tem que ir para Simão Dias”, diz Bezerra




No grande expediente da sessão desta segunda-feira, dia 10, o deputado Augusto Bezerra (DEM)  lembrou que na semana passada foram ouvidos vários discursos de membros do governo dizendo que o prefeito de Aracaju, João Alves Filho, com as Organizações Sociais (OSs) queria privatizar a saúde no município. No entanto, ele afirmou que dentro do hospital de Simão Dias funciona uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) que é comandada por uma associação da família Valadares.

Segundo ele, a UPA recebe R$ 100 mil do governo federal que a prefeitura repassa, além de mais R$ 70 mil repassado pelo Estado e agora eles querem parar, porque pegaram todo mundo que foi demitido da prefeitura e jogaram no contrato da UPA do hospital. “Todos os apadrinhados. Hoje tem 67 pessoas numa UPA em Simão Dias”, disse. O deputado reafirmou que a OS que gere a UPA é da família Valadares e colocou num mesmo prédio o hospital e a Unidade de Pronto Atendimento.

De acordo com o parlamentar, o governo federal diz que é impossível receber dinheiro de UPA se a unidade faz internamento. E no mesmo local o hospital faz parto, internamento, operação e é UPA, com o mesmo CGC. “E passou isso na administração de Zé Valadares, de Dênison Déda e ninguém falou aqui que era privatização. Doutor João Alves quer colocar uma OS aqui e o mundo se acaba. Quem quiser aprender a trabalhar com OS tem que ir para Simão Dias, que faz isso há 20 anos”, disparou Augusto Bezerra.

Ele informou que quarta-feira o atual prefeito estará rescindindo esse contrato. O deputado disse que não sabe como vai ser o atendimento. “Pois o prédio é o mesmo, mas a prefeitura fica até o dia que tiver produção”, disse. Ele acrescentou que é por isso que às vezes a OS dá certo em alguns locais. No caso de Aracaju, Bezerra disse que apesar da ligação com o prefeito João Alves, sabe que não vai dar certo. “Porque Aracaju não tem hospital. A partir do momento que for construída a maternidade do Santa Maria e entregar a uma OS para administrar dá certo. Mas o município não tem hospital. O de Cirurgia quero ver alguma coisa dar certo com Gilberto no meio ou esquema de Rogério Carvalho”, afirmou, acrescentando que quem disser que OS é privatização precisa ir a Simão Dias que trabalha assim há 12 anos.

Apreensão de motosEm seu discurso no grande expediente da sessão desta segunda-feira, o deputado Augusto Bezerra voltou a falar sobre a apreensão de motos no interior do Estado, especificamente no município de Simão Dias. O parlamentar informou que depois que fez pronunciamento no início da sessão, foi contatado por um integrante da Companhia de Policiamento de Trânsito (CPTran), revelando que de janeiro deste ano até agora já foram apreendidas 4.957 motos em Sergipe.

“Não sei se a imprensa tem essa informação da brutalidade, da maneira irresponsável que estão agindo, entrando nas cidades e apreendendo as motos. Dentro dos municípios, só quem pode fazer isso é a SMTT e não a polícia, só se a moto for roubada. Com a parte de trânsito, quem tem que se preocupar é a SMTT”, declarou.

O deputado Capitão Samuel (PSL) em aparte disse que durante seis meses já foi comandante da CPTran e nesse período fez um trabalho muito forte de fiscalização de trânsito no Estado. Ele explicou que o local para onde são levadas as motos apreendidas sua guarda são de responsabilidade do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e não os policiais militares. “Quero deixar isso claro, porque quando o senhor diz que as motos estão sendo depenadas elas estão num galpão sob a responsabilidade do Detran”, disse.

Capitão Samuel disse que causa estranheza a afirmação de que os veículos são apreendidos sem que o proprietário receba o recibo de retirada do veículo com as condições em que foram entregues ao Estado pelos proprietários. Os deputados debateram sobre a legalidade de atuação da CPTran no interior. Como presidente da Comissão de Segurança Pública da Assembleia, o deputado Samuel se dispôs a marcar uma reunião entre o colega Augusto Bezerra, o prefeito de Simão Dias, o secretário de Segurança Pública, João Daniel, e o comandante da Polícia Militar, coronel Maurício Iunes, para tratar desta questão. “Se o tema for político, se tiver policiais fazendo uso de sua farda para ganho político vamos tratar essa questão”, disse Samuel.

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