Sindimed protocola ACP contra OSs de João Alves
por SINDIMED, ascom
O Sindicato dos Médicos de Sergipe protocolou na manhã de ontem, dia 11, no Fórum Gumercindo Bessa, na 18ª Vara Cível que tem como a juíza titular a doutora Elvira Almeida uma Ação Civil Pública (ACP) contra as Organizações Sociais (OS), aprovada por 19 vereadores no último dia 21 de maio em caráter de urgência e publicada no Diário Oficial do município no dia 23 de maio.
A ação tem como objetivo barrar antes que a máquina pública seja toda desestruturada. De acordo com o presidente do Sindimed João Augusto o Sindimed com esta ação vem deixar a decisão nas mãos da justiça. “O que nos defendemos e deixamos agora nas mãos da justiça é a defesa pela saúde pública, feita diretamente pelo poder público, no qual o prefeito - através do projeto aprovado pela Câmara, que agora é Lei -, transfere a sua responsabilidade para uma entidade particular”, coloca o presidente.
Ainda de acordo com João Augusto, o gestor chamou de OS, para confundir a população, mas nada mais é do que uma entidade particular que vai administrar toda a rede hospitalar inicialmente nos prontos atendimentos da rede municipal tirando dele (gestor) a responsabilidade de prestar atenção à saúde da população.
Segundo o presidente dentre outros prejuízos que as Organizações Sociais vai trazer, ela vai acabar com a realização do concurso público. “Acaba com qualquer chance de haver uma avaliação mínima de que o profissional contratado é habilitado, ter pelo menos passado, por uma seleção pública e que dá direito a todos, ser candidatos ou pleitear a vaga”, explica, salientando que “ao fazer a contratação direta — através das OS — coloca os amigos, não teremos uma boa fiscalização já que a Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA) não vem sendo competente para administrar aqueles contratos já existentes como Hospital de Cirurgia, Hospital Santa Isabel e o São José, que são OS, que já não são bem fiscalizados pela PMA”, complementa.
De acordo com o dirigente sindical, “agora ela (Prefeitura) quer entregar todo o sistema para uma entidade particular. Fica o questionamento: nos locais que foram implantados conforme documentos, não mostraram melhoras significativas na assistência para a população o segundo questionamento, é que acaba com qualquer vinculação pública, e por último, na visão do Sindimed, é ilegal e fere os preceitos legais, constitucionais”, indaga. “Eles querem acabar com tudo, mas não podem andar a margem da Lei por isso é que estamos entrando com esta Ação”, explica.
Da Ação
Para a assessoria jurídica do Sindimed, a ação norteou em três focos: A Lei 4383/2013, a Lei municipal que estabelece a possibilidade do poder público pegar uma entidade privada colocar como Organização Social, e poder repassar recursos, bens, pessoal, tudo para que ela possa desempenhar qualquer determinada atividade, especialmente na área da saúde, ela é ilegal. “Porque a Lei Orgânica do município de Aracaju, ela é clara dizendo que quem presta as ações dos serviços da saúde é o poder público diretamente, ou seja, não se pode repassar para outra entidade para que ela faça o serviço, uma vez que é obrigação do município”, explica Tiago Oliveira, assessor jurídico do Sindimed.
Segundo ele, além disto, ela é inconstitucional por vários motivos: não tem critério objetivo para saber quem é OS ou seja, o prefeito vai dizer quem é as Organizações Sociais? Isto inviabiliza concorrência pública, licitação em outro ponto, não fala em nenhum momento do Sistema Único de Saúde (SUS), da Lei 8080
Sindimed protocola ACP contra OSs de João Alves
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